domingo, 3 de janeiro de 2016

Falta-me a coragem

Eras tu, mas já não há ninguém!
Havia tudo para dar certo, todos os pormenores se encaixavam, todos os olhares eram correspondidos, todos os beijos eram relembrados…

Acordar de manhã, ter o cheiro do teu perfume nos meus lençóis, na minha cama pequena onde tudo se tinha passado e repetido em vezes sem conta. Foste tudo, porque te tornas-te num pouco?
Era um sonho voltar a ter-te, ou talvez, voltar àquele passado em que havia um sorriso, uma corrida para os teus abraços e um amor feito para se fazer!
Sei que é impossível, sei que não haverá mais noites a olhar para as estrelas e a contarmos como foi o nosso difícil dia enquanto nos procurávamos um ao outro, as manhãs que nos agarrávamos às almofadas como se o cheiro nos levasse ao sucedido do passado. Sei que é impossível dizer que não tenho saudades de um completo teu.

Poderia parar de escrever estas m***** e ir atrás de ti, prender-te a mim, para nunca mais saíres do meu incompleto eu, mas só eu é que desejo essa coragem, essa força de parar com lamentos e lágrimas e ir a tua casa, bater-te à porta, chamar-te todos os nomes mais inoportunos do momento e de seguida beijar-te até retribuíres!

Amo-te tanto e tu já não sabes, já não te lembras do que éramos, do que poderíamos ser e não somos, já não sabes como foi o prazer de todas aquelas noites, o gosto de te tocar, o nervosismo de te olhar e chamar-te de “amor”.
Volta para mim, esquece o que houve, eu não me importo de começar de novo, mas ama-me como ninguém outra vez como se o mundo fosse um filme de ação e aventura, e nós éramos as personagens principais (porque não morrem e acabam sempre bem), ama-me só mais desta vez que eu prometo fazer-te amar as outras vezes todas.
Já é tarde, e isto foi um desabafo a olhar às estrelas, (…) mas ama-me na mesma!

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